quinta-feira, 16 de junho de 2016

Não conte, mostre (mas pode contar também)


Provavelmente você já deve ter ouvido ou lido por aí o conselho “não conte, mostre”. Mas o que é “contar” e o que é “mostrar”? Contar é apresentar informações úteis para a continuação da história – como enredo, passado das personagens, motivações, histórico do mundo, dentre outros – através da voz do narrador. Quando uma autora ou autor “conta” algo, as informações são lançadas diretamente no texto, num fluído contínuo, como em uma aula expositiva. É muito comum, por exemplo, em contos de fada. Observe o trecho abaixo, em que o narrador introduz as personagens, o cenário e parte da complicação:
“Às margens de uma extensa mata existia, há muito tempo, uma cabana pobre, feita de troncos de árvore, na qual morava um lenhador com sua segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento. O garoto chamava-se João e a menina, Maria.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Crie personagens interessantes


Saber criar personagens cativantes é meio caminho para conquistar o leitor. Podemos dividir os personagens em duas categorias geométricas: os planos e os esféricos.
Personagens planos são superficiais, e não são necessariamente piores do que os complexos, desde que tenham uma função a desempenhar dentro de uma história onde o foco são as ações, os acontecimentos, e não esses personagens. É comum personagens planos serem estereotípicos – o cientista maluco, a sogra infernal, a empregada gostosa, o gay efeminado e o milionário excêntrico são alguns exemplos de estereótipos –, mas há que se ter cuidado com esses perfis genéricos, pois costumam ser ofensivos. Personagens planos carregam a cruz de serem sempre o que são; podem até se redimir, mas não mudam. Não costumam ser bons protagonistas, e o leitor pode ficar enfastiado por serem óbvios e previsíveis.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

10 armadilhas de prolixidade a serem evitadas


Se você é um autor trabalhando em seu primeiro livro de ficção, você tem muito com que se preocupar.
Desenvolvimento de personagens, motivação, desenvolvimento de tramas e subtramas, diálogos bem escritos e cenas verossímeis são apenas alguns itens que devem estar em sua mente.
Agora, pegue isso e adicione mais uma coisa: você tem de se preocupar com a prolixidade.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Adapte-se, mas não perca a identidade.


Muitos autores iniciantes questionam-se a respeito da aceitabilidade de seu estilo de escrita. Alguns chegam a se preocupar se o público prefere ler histórias em primeira ou terceira pessoa. É fato que um escritor escreve para ser lido, assim como um músico quer ser ouvido. Logo, é natural, e imprescindível, preocupar-se com a receptividade do trabalho por parte de quem o lerá. Contudo, há um ponto em que essa preocupação deixa de ser razoável e se torna disfuncional, exagerada.

Diálogo complexos ou simples? Descrições objetivas ou detalhadas? Estes são alguns dos questionamentos mais comuns e realmente importantes, pois o escritor precisa estar conectado com o público que irá atender. Adolescentes tendem a querer histórias mais dinâmicas, assim como mulheres são mais inclinadas aos romances. Logo, o autor precisa saber que público quer atingir e procurar falar de temas que atendam aos anseios do nicho de mercado que visa alcançar.

quinta-feira, 24 de março de 2016

7 palavras que você deve excluir da sua escrita

Certas palavras, ainda que pareçam muito naturais em uma conversa, têm o poder de deixar um texto mais “pobre” e, por isso, devem ser evitadas. Se você gostaria de escrever melhor, confira a seguir 7 principais palavras a serem evitadas:

1.
Somente
A palavra “somente” serve apenas para ocupar espaço e acaba por enfraquecer sua escrita. Removendo-a da sua escrita você não vai afetar o significado e ainda torna seu texto mais conciso e objetivo.

2.
Realmente
Essa palavra é um exemplo claro de quem escreve como fala. “Realmente” é uma ênfase verbal que não se traduz perfeitamente em um texto. Enquanto na conversa ela é utilizada com frequência, na escrita ela se torna desnecessária.

terça-feira, 15 de março de 2016

Deus ex-machina

No vídeo abaixo, a escritora Mônica Cadorin fala um pouco do que se pode chamar de trapaça ficcional. Vale a pena assistir para não roubar na sua história:


terça-feira, 8 de março de 2016

Não sei mais o que fazer com a minha história!


Isso – o que está no título - acontece com alguns escritores, mais especificamente com aqueles que saem escrevendo “a doidado”, movidos unicamente pelo combustível da inspiração, sem qualquer planejamento. Ainda que alguns autores consagrados funcionem muito bem assim, eu, com a experiência de quem ainda corre atrás de publicar o primeiro livro (infelizmente, não é uma piada), desaconselho veemente essa prática, e vou dizer por quê.
Por mais que muitas pessoas façam muitas coisas - inclusive viver! -  sem planejamento, essa prática pode acabar levando aonde não se quer chegar: não raro em lugar nenhum. Com a escrita não é diferente. Você, escritor, precisa saber o que quer e estabelecer um esboço geral, ao menos, que lhe guie para um ponto: o desfecho da história.