Isso –
o que está no título - acontece com alguns escritores, mais especificamente com
aqueles que saem escrevendo “a doidado”, movidos unicamente pelo combustível da
inspiração, sem qualquer planejamento. Ainda que alguns autores consagrados
funcionem muito bem assim, eu, com a experiência de quem ainda corre atrás de
publicar o primeiro livro (infelizmente, não é uma piada), desaconselho
veemente essa prática, e vou dizer por quê.
Por
mais que muitas pessoas façam muitas coisas - inclusive viver! - sem
planejamento, essa prática pode acabar levando aonde não se quer chegar: não
raro em lugar nenhum. Com a escrita não é diferente. Você, escritor, precisa
saber o que quer e estabelecer um esboço geral, ao menos, que lhe guie para um
ponto: o desfecho da história.
Quando
você começa um livro e queima a etapa do planejamento, está entregando o
destino da sua obra nas mãos da inspiração, que pode ou não cooperar. É
por isso que muitos se sentam para escrever e não sai nada, nem uma gotinha de
ideia, como diria João Grilo. Se você é do tipo que gosta de viver fortes
emoções sem saber aonde a coisa vai dar, seja feliz. Mas não fique simplesmente
reclamando de bloqueios criativos. Você criou o monstro!
Para
quem está cansado de ter vontade de escrever e nenhuma criatividade, segue a
dica: tenha ao menos um breve esboço de sua história ao iniciá-la. Aproveite
aquele momento de inspiração quase sobrenatural para delinear sua narrativa.
Assim, mesmo quando não houver tanta motivação para escrever, você não se
sentirá perdido em Marte. Já ouviu a máxima, atribuída a Thomas Edison, de que
é 1% inspiração e 99% transpiração? Então, pare de pirar com esse 1% e comece a transpirar na fase de planejamento.
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