terça-feira, 8 de março de 2016

Não sei mais o que fazer com a minha história!


Isso – o que está no título - acontece com alguns escritores, mais especificamente com aqueles que saem escrevendo “a doidado”, movidos unicamente pelo combustível da inspiração, sem qualquer planejamento. Ainda que alguns autores consagrados funcionem muito bem assim, eu, com a experiência de quem ainda corre atrás de publicar o primeiro livro (infelizmente, não é uma piada), desaconselho veemente essa prática, e vou dizer por quê.
Por mais que muitas pessoas façam muitas coisas - inclusive viver! -  sem planejamento, essa prática pode acabar levando aonde não se quer chegar: não raro em lugar nenhum. Com a escrita não é diferente. Você, escritor, precisa saber o que quer e estabelecer um esboço geral, ao menos, que lhe guie para um ponto: o desfecho da história.
Quando você começa um livro e queima a etapa do planejamento, está entregando o destino da sua obra nas mãos da inspiração, que pode ou não cooperar.  É por isso que muitos se sentam para escrever e não sai nada, nem uma gotinha de ideia, como diria João Grilo. Se você é do tipo que gosta de viver fortes emoções sem saber aonde a coisa vai dar, seja feliz. Mas não fique simplesmente reclamando de bloqueios criativos. Você criou o monstro!
Para quem está cansado de ter vontade de escrever e nenhuma criatividade, segue a dica: tenha ao menos um breve esboço de sua história ao iniciá-la. Aproveite aquele momento de inspiração quase sobrenatural para delinear sua narrativa. Assim, mesmo quando não houver tanta motivação para escrever, você não se sentirá perdido em Marte. Já ouviu a máxima, atribuída a Thomas Edison, de que é 1% inspiração e 99% transpiração? Então, pare de pirar com esse 1% e comece a transpirar na fase de planejamento. 

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